30 de mai. de 2014

Justiça da Índia terá de decidir se guru milionário está morto ou meditando

Depois de um desentendimento entre seguidores de um líder espiritual indiano e sua família, a Justiça da Índia foi acionada e terá de decidir se ele está vivo ou morto. Os devotos de Shri Ashutosh Maharaj acreditam que o guru está passando por um estado profundo de meditação, mas os parentes do religioso dizem que ele, na verdade, está morto desde janeiro.

Certos de que, aos 70 anos de idade, Maharaj está vivenciando o Samadhi, quando se alcança um nível de profunda meditação, seus seguidores resolveram congelar seu corpo até que o mestre desperte, em Punjab (400 km de Nova Déli), e se negam a entregar seu corpo para a cerimônia de cremação, de acordo com o jornal britânico "The Telegraph".

Médicos já declararam a morte clínica do guru, fundador da ordem religiosa Divya Jyoti Jagrati Sansthan, após uma suposta parada cardíaca, informação que é negada por seus discípulos, que inclusive publicam em seu site oficial que Maharaj "está meditando desde 29 de janeiro de 2014".

Embora a polícia também já tenha confirmado a morte, a Alta Corte de Punjab não aceitou a constatação, e o governo local decidiu que a disputa se trata de um assunto espiritual. Restou à mulher e ao filho de Maharaj pedir à Justiça que investigue a morte e ordene à devolução do corpo à família.

Dilip Jha, 40, filho do líder espiritual, acredita que os interesses dos devotos de seu pai são muito mais mundanos do que se imagina. Para Jha, os seguidores de Maharaj mantêm seu corpo para poder controlar suas finanças; os bens imobiliários do guru têm valor estimado em cerca de R$ 370 milhões.

A ordem religiosa Divya Jyoti Jagrati Sansthan foi criada em 1983 para "a elevação e o fortalecimento dos mais desfavorecidos, carentes e desprivilegiados da sociedade", com o objetivo de ajudar as pessoas a compreender seus "papéis individuais em moldar o mundo".

O movimento cresceu e ganhou fama internacional, com seguidores em vários lugares, unidos pela esperança da "paz mundial".


Fonte site uol.com.br

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